Clique no link abaixo para baixar o arquivo:
Categoria: Blog
Alimentação é o principal fator para alta performance de cavalos atletas
A alimentação adequada para cavalos atletas foi tema da entrevista da médica veterinária Cláudia Ceola nesta quarta, dia 10, ao quadro Prática Rural, do Bom Dia Campo. A especialista explica que há três fatores fundamentais para o bom desempenho de cavalos de hipismo ou corrida: aptidão genética, bom treinamento e boa alimentação. Dos três, a alimentação é o principal fator a contribuir para alta performance dos cavalos.
Não adianta um cavalo ter aptidão e bom treinamento se não tiver o combustível certo para o animal diz Cláudia Ceola.
Ela explica que, como todo cavalo, os animais precisam de proteínas, vitaminas, minerais e energia. A diferença principal na alimentação dos cavalos comuns e os atléticos está na quantidade de energia e proteína necessárias na alimentação. Para os cavalos utilizados em esportes e competições, é necessário uma quantidade maior de energia na ração, obtida pela de gordura e carboidratos advindos de insumos como óleo vegetal, aveia e milho. Os cuidados com a alimentação devem, inclusive, começar durante a gestação.
No terço final da gestação, o nutriente essencial para o crescimento do potro é a proteína. A égua precisa receber mais proteína para se manter e para desenvolver o potrinho. Após o nascimento, o potrinho segue com alimentação rica em proteína para garantir que seu desenvolvimento seja completo.
Segundo a veterinária, a alimentação muda na fase da doma, quando se diminui a quantidade de proteína e se aumenta a quantidade de energia na ração. A fonte e a quantidade de energia depende, ainda, do tipo de exercício físico do animal, se é uma atividade de explosão ou resistência.
Porque os cavalos dormem em pé
Quem já visitou uma fazenda ou em uma hípica à noite deve ter reparado – mesmo depois de um longo dia de trabalho os cavalos dormem em pé. Para nós humanos isto parece muito desconfortável, mas o fato é que para eles, é muito mais confortável do que parece. As patas do cavalo possuem pouca musculatura e seus ligamentos são bastante reforçados, quando estão dormindo suas patas travam impedindo que não sintam incomodo ou dores.
Os cavalos dormem em pé para que estejam mais protegidos de eventuais predadores, como eles possuem as costas retas não é possível levantar-se rapidamente. Caso estejam dormindo deitados quando um predador aparece, sua capacidade de reação não seria ágil o suficiente.
Mas os cavalos nem sempre dormem em pé, cavalos são animais que andam em grupo e quando se sentem seguros e confortáveis podem tirar uma soneca deitados para descansar as pernas, normalmente um dos cavalos do grupo fica guardando os outros. No entanto, como os cavalos são animais muito pesados, dormir deitado por longos períodos coloca muita pressão sobre o lado de seu corpo que está apoiado ao chão, podendo inclusive levar a danos em seus tecidos.
Como entender os sinais e o comportamento dos cavalos
O cavalo é um ser vivo que causa o fascínio da grande maioria das pessoas. Independentemente da pelagem, da raça e do porte, dificilmente, conheceremos pessoas com restrições aos cavalos. A sua beleza e importância torna-o uma unanimidade. Ele é um animal dos mais sensitivos do planeta, sendo capaz de sentir uma mão ou uma perna trêmula, um estado de irritação do cavaleiro ou amazona. Existem diversas histórias que comprovam a percepção extra sensorial dos equídeos, considerada como um sexto sentido.
Os equinos possuem excelente acuidade visual, bom olfato, sensibilidade ao tato, audição e gustação. Tais poderes podem ser facilmente observados quando estes rejeitam uma nova ração, ou pela grande seletividade de gramíneas, a reação da pele ao pouso de uma pequena mosca, os movimentos das orelhas e a cabeça erguida a qualquer som diferenciado e a capacidade de visualização a noite.
Quanto a percepção extrassensorial, basta que desenvolvamos maior capacidade de observação para depararmos com situações curiosas como mudanças de hábito dos animais, momentos antes da chegada do seu proprietário, ou ainda relutância do animal a passar por locais onde existam situações de perigo ou outros equinos sepultados, afirma o professor Haroldo Vargas Leal Júnior
Observando os sinais
Os equinos tem uma forma peculiar de se comunicarem por meio de sinais, quer seja com as orelhas, as narinas, a cauda, os olhos, a cabeça, os membros, entre outros. Observando o comportamento, muitas conclusões podem ser tiradas. Vejamos:
Quando o cavalo está com o pescoço alto, balançando a cabeça para baixo e emitindo sons, roncos ou relinchos, isto é sinal de aprovação, ou tentativa de chamar a atenção;
Narinas dilatadas, orelhas eretas e para frente é sinal de atenção;
Trabalhando na guia ou redondel, o animal, geralmente, posiciona a orelha de dentro para o círculo em direção ao treinador e a orelha de fora fica alternando sua posição. Isto também é sinal de que o animal está trabalhando atento e concentrado;
Caso trabalhe com orelhas para trás e esteja inquieto, alternando as andaduras, isto pode significar cansaço, descontentamento, ou ainda, indisciplina;
Garanhão com lábio superior levantado, com a cabeça para cima, as narinas fechadas e a respiração forçada significa que estão com a libido exacerbada, sentindo éguas próximas. Este sinal se chama Reflexo de Fleming;
Animal com uma pata levantada e somente a pinha do casco apoiada, significa que está descansando;
Animal batendo a cauda de um lado para o outro, acompanhado ou não de membros batendo ou raspando o chão significa irritação, insatisfação. Cuidado!
As narinas dilatadas são um sinal de alerta; se o animal soltar o ar com força pelas narinas, emitindo sons, isto significa excitação ou vontade de chamar a atenção;
Os olhos são de mais difícil interpretação. Olhos um pouco fechados, com orelhas para trás e animal cabisbaixo, triste, pode significar dor, febre ou outro problema de saúde;
Cavalos dormindo, geralmente, ficam em pé cabisbaixos, com olhos totalmente ou quase totalmente fechados;
Equinos com a cauda levantada, que chamamos de cauda em bandeira, mostra que o animal está excitado. No caso de éguas, cauda levantada, acompanhada de pequenos jatos de urina e reverso dos lábios vulvares deve indicar animal em cio. Lembrar que, para urinar e defecar, a égua também levanta a cauda;
Machos inquietos, procurando ficar esticados com membros para frente, indicam desejo ou preparação para urinar;
Éguas procurando garanhões podem ficar alternando a posição das orelhas;
Cavalos trabalhando com gado, em provas de laço, apartação, bulldogging, team penning, geralmente, ficam com as orelhas totalmente voltadas para trás;
Trabalhando provas de salto, rédeas, marcha, adestramento e outras, as orelhas ficam para frente ou alternando-se;
Quando nos aproximamos do animal com objetos, geralmente, ele olha, vira a cabeça em direção ao objeto, solta ar pelas narinas, mostrando desconfiança;
O sinal mais perigoso e merecedor de todo o cuidado são orelhas totalmente voltadas para trás, cauda entre as pernas e olhos esbugalhados. Cuidado! A? vem coice.
Observando o comportamento
São muitas as alterações no comportamento dos equídeos que podem indicar problemas. São elas:
A sobra de comida no cocho, por exemplo, deve ser sinal de preocupação. Cheque se não foi colocado alimento em excesso, se o alimento está de boa qualidade, se não houve alteração na qualidade e, ou, quantidade em relação a penúltima oferta;
Animal cabisbaixo, bebendo muita água e brincando com água no cocho, ou ainda muito tempo dentro de lagos ou represas podem indicar quadro de febre. Animais com olhos tristes, irrequietos e cabisbaixos, podem estar com dor;
Olhos e bocas secos e pele do pescoço com pouca elasticidade podem indicar desidratação;
Cavalo inquieto, tentando posicionar-se para urinar sem conseguir pode estar com problemas renais;
Equinos com intensa sudorese, muito irrequietos e jogando-se frequentemente no chão devem estar com uma cólica grave e necessitando intervenção do médico veterinário com extrema urgência;
Equídeos raspando o chão, olhando para o flanco, deitando esporadicamente, rolando no chão e com sudorese também pode ser indicativo de uma cólica, que é a doença responsável por uma grande mortalidade nesta espécie;
Quando o flanco está aumentado e a cauda constantemente levantada pode também indicar cólica gasosa;
Potros com nádegas, cauda e pernas sujas devem estar com diarreia. Se estiverem tristes podem estar febris e, ou, desidratados;
Animais com dificuldade de locomover-se, com musculatura tensa ou não também podem estar com um grave problema.